quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ESCREVER, O PENSAMENTO OU ESCREVER O PENSAMENTO?

'escrever bem é a arte de descartar palavras que não devem ser escritas'


Essa frase ficou circulando meus pensamentos um tempo antes que finalmente conseguisse dormir
Mas como eu ou qualquer um pode saber que palavras descartar?

Descartar palavras é como descartar conceitos. E qual é o seu?
Temos aqueles que vem do que aprendemos desde o berçário e tem as nossa livre adaptação dos mesmos.

Descartar palavras é como tentar entender os desejos de um poeta ou o que um pintor está tentando dizer em uma tela...
Tanto o poeta como pintor podem ser óbvios, como podem ser sorrateiros e tentarem instigar nossa mente a pensar, a sentir...
Ou eles podem simplesmente não dizer nada.

Ao contrário do que se pensa nem sempre algo que dizer alguma coisa.
Por mais doido que esse comentário pareça é uma verdade. Ao menos pra mim.
Eu tenho o dom de parar e pensar em nada e fico desejando alguém com uma câmera que registre o momento. Por que? Hora favas! Devo fazer uma cara muito inspiradora porque sempre tem alguém pra dizer e ter certeza que estou tendo um pensamento salvador.
Dentro do descarta eu lembro das matérias sobre as pessoas que fazem correção ortográfica e é muito justo que o façam porque eu sempre peco horrivelmente. Então alguém que me faça parecer mais versada no português é sempre muito bom.
Mas baseado no principio que uma vírgula pode mudar a interpretação de uma frase, não estaria esse ‘corretor ortográfico’ humano também alterando meu pensamento, ou o seu ou de qualquer um?
Se eu desenhar uma meia lua? O que me diria... ? Nossa uma meia lua! Para outro ser poderia ser um sorriso e para algum sem imaginação, uma linha torta.
Descartar palavras que não devem ser escritas... isso é quase como dizer: Não diga que gosta de mim, eu já sei.
...será que se eu fizer isso alguém me conhecera da mesma forma?
...será que não é uma maneira de ser politicamente correto?
Eu mudaria essa frase... porque escrever é a arte de dizer o que as pessoas normalmente não tem coragem. Escrever é a arte de conseguir se esconder por entre linhas...
é a arte de inserir ...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ESCREVER

Li e gostei.

Deixar aqui como nota mental para pensar alto

'escrever bem é a arte descartar palavras que não devem ser escritas'

terça-feira, 22 de setembro de 2009

FLERTE COMIGO



Eu estou aqui nua (Lua)
Nua (Lua) diante do tempo
Braços estendidos, rosto voltado para a Lua (Nua)
Sentindo seu brilho e minha alma
Seus raios e minha pele
Vez por outra
Com um sorriso maroto olho para ela (Lua) e pisco
E ela (Lua) me devolve com um ar jocoso
Como se dizendo pra mim em segredo
Garota, quem disse que pode afastar-se tanto tempo?
De repente levanto e danço entre nuvens
Sentindo o frio da chuva em meus pés
Percorro o vento cantando canções
Entre montanhas me perco
Em cascatas me encontro
E os girassóis?
Bem entre girassóis digo
Perdão LUA! Eles são tão lindos!
Com a ponta dos meus dedos traço o Meu sorriso que é Dela
e que pende no céu
Linda Lua, bela Selene
Eu que danço entre teus raios
Eu que descanso entre tuas fases
Eu e apenas eu que também sou você
Eu que estou aqui nua
De braços estendidos sorrindo pra você que sou eu Lua.






Sussurado pelo Enigma

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

INFÂNCIA

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(foto do meu arquivo pessoal “Volta pra casa”)

Hoje 'folheando' mais uma vez as mensagens redirecionadas acabei lendo algo bem gostoso…

“nunca é tarde para se ter uma infância feliz, mas a segunda só depende de você.”

Isso arrasa qualquer pensamento lógico e coerência.

Acaba com nossa mania de pensar que a infância está restrita aquela idadezinha entre 0 e 10 anos, porque a partir disso é claro já nos consideram aborrecentes.

Digo isso por todos aqueles que deixaram sua felicidade presa em tão curto espaço de tempo.

Prenderam a felicidade a uma infância curta onde nosso aproveitamento é aleatório, sem consciência e sem consequências.

Lendo isso percebi que não devo ter curtido muito minha primeira infância, que estou curtindo demais a segunda e nem me importa muito se vou estar ai pra brincar na terceira :)

Eu vejo e sinto tudo com tanta intensidade…. mordendo cheiros, acariciando nuvens, cheirando cores que nem lembro da primeira infância.

Não perdendo contato com tudo que é teoricamente infantil me conservo.

Crianças são egoistas, sinceras.

Riem simplesmente porque da prazer rir.

E nós os poucos vamos deixando esse ser para trás entre desilusões, cansaços…simplesmente porque naquela época se supunha felicidade e hoje somos meros incapazes.

Tudo em nossa vida reside no pequeno espaço de nos deixarmos felizes, de nós deixarmos ser felizes, de nos reencontrarmos e olhar em frente buscando a infância que faz parte da nossa vida.

Sentindo o prazer de ser apenas nós mesmos…

Sem hora, sem lugares… sem pretenções de grandeza

Eu sou quem eu fui a muito tempo numa infância melhorada!