segunda-feira, 21 de setembro de 2009

INFÂNCIA

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(foto do meu arquivo pessoal “Volta pra casa”)

Hoje 'folheando' mais uma vez as mensagens redirecionadas acabei lendo algo bem gostoso…

“nunca é tarde para se ter uma infância feliz, mas a segunda só depende de você.”

Isso arrasa qualquer pensamento lógico e coerência.

Acaba com nossa mania de pensar que a infância está restrita aquela idadezinha entre 0 e 10 anos, porque a partir disso é claro já nos consideram aborrecentes.

Digo isso por todos aqueles que deixaram sua felicidade presa em tão curto espaço de tempo.

Prenderam a felicidade a uma infância curta onde nosso aproveitamento é aleatório, sem consciência e sem consequências.

Lendo isso percebi que não devo ter curtido muito minha primeira infância, que estou curtindo demais a segunda e nem me importa muito se vou estar ai pra brincar na terceira :)

Eu vejo e sinto tudo com tanta intensidade…. mordendo cheiros, acariciando nuvens, cheirando cores que nem lembro da primeira infância.

Não perdendo contato com tudo que é teoricamente infantil me conservo.

Crianças são egoistas, sinceras.

Riem simplesmente porque da prazer rir.

E nós os poucos vamos deixando esse ser para trás entre desilusões, cansaços…simplesmente porque naquela época se supunha felicidade e hoje somos meros incapazes.

Tudo em nossa vida reside no pequeno espaço de nos deixarmos felizes, de nós deixarmos ser felizes, de nos reencontrarmos e olhar em frente buscando a infância que faz parte da nossa vida.

Sentindo o prazer de ser apenas nós mesmos…

Sem hora, sem lugares… sem pretenções de grandeza

Eu sou quem eu fui a muito tempo numa infância melhorada!

2 comentários:

Yuri Raskin Pospichil disse...

"...Não consigo lembrar quando cruzei a fronteira.
Quando me despi da infância.
Mais cedo do que gostaria, disso eu lembro.
Mas como saber quando estamos prontos?
Quando é a hora certa?


Quanto mais penso a respeito,
mais me convenço que não importa a hora.
Sempre é cedo demais..."


Complicado saber quando deixamos a infância, a minha primeira infância eu também abandonei cedo demais...talvez por isso faço minha segunda infância agora, mesmo que o chocolate já não seja tão doce e os remédios já não sejam tão amargos, mesmo eu não tendo mais tanto medo da chuva ou tantos amores como antes...mesmo assim...mesmo assim faço de tudo para essa segunda infância não me abandonar tão prematuramente como a primeira.

Belo texto Fabiola. =D

Anônimo disse...

Adorei o texto!Minhas amigas dizem que minha casa parece casa de boneca toda enfeitada. Meu marido diz que ela é assim porque brinco de casinha. E eu, adoro ela...