quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Aqui está apenas uma das muitas respostas ao Enigma... AMEI



Nada melhor do que prestigiar um texto bem colocado e na medida certa.
E eu não poderia deixar de colocar a resposta aqui...
Que ironia pensar que meu amor não é a Bela Dama de Cinza Sampa City...
ahahahah a dele também não :)
E como tudo nos leva a um pensamento...
aqui vai um pequenino meu...
eu realmente não seio  quanto as cidades são acolhedoras com estranhos enquanto eles são estranhos.
sim existem os sorrisos instantaneos de umas...mas eu nunca sei se é pela carteira ou porque eles sabem que logo vamos embora.
prefiro a sinceridade de quem diz logo tu não é bem vindo...porque ainda dá pra fazer esse ser mudar de idéia...
o que é meio dificil de fazer diante da hipocrisia polida.
o que fazer então com alguém que não pertence a efetivamente a nenhum dos mundos...
felizes os que tem um mundo e podem dizer que pertencem a ele
descobri que sou orfã


"By Pequeno Dieguito (vulgo Maradona)
Bom...como sei e não poderia deixar de saber, esse belo texto é uma resposta à minha visão de São paulo, à MINHA impressão do bem pouco que tive a oportunidade de ver no centro pulsante da cidade. Enfim, não retiro minha visão, pq ela é minha, e das minhas coisas não me desvencilho. Acho que o fato de não amar São Paulo não indica uma tendência a amar o óbvio, na verdade minha Porto Alegre não tem nada do que se espera de uma capital, ou seja, não há nada de óbvio nela. Mas também não nego o bairrismo que existe dentro de cada gaúcho, um orgulho que nasce com nós, não é algo criado, somos um povo com uma identidade muito forte, um povo que sabe de onde veio, como veio e uma boa idéia de para onde vai e como vai. Manter as tradições não é para nós uma forma de se manter no passado, muito pelo contrário, é uma forma de demonstrar respeito aos que construiram com sangue o chão que pisamos. Um povo que chamado de ignorante e selvagem, soube mostrar ao resto do país sua força e sua capacidade. Um povo que por isso ainda sofre as ofensas injustas e infundadas ado resto do país. Ofensas essas gratuitas, afinal nunca fizemos nada para merecê-las. Mas voltando a São Paulo, vejo nas ruas da megalópole um grande emaranhado de histórias confusas. A violência é comum à qualquer capital, isso não é oq me assusta em Sampa, o que realmente me paralisou foi a pressa que a cidade impôe, um crescimento a qualquer custo, um crescimento que atropela quem não consegue acompanhar o ritmo. Não trocaria meu ritmo de vida pelo ritmo de São Paulo, e realmente me ofendi quando algumas grandes empresas paulistas que atuam no meu ramo abriram filiais aqui, chegaram impondo o ritmo de São Paulo para POA, resultado, os clientes aqui não compram aos domingos, não compram nos feriados e nem em suas vésperas. Os trabalhadores daqui amam trabalhar, mas não estão dispostos a colocar o bem-estar em jogo para suprir a ganância dos patrões. Resultado, funcionários estressados, doentes...e quando falo isso, falo com o conhecimento de quem trabalha no ramo comercial e acompanhou essas mudanças.


São Paulo como cidade é surpreendente, variada, como um mundo a parte. Lugares lindos que quero ter a oportunidade de ver com mais tempo, mas com um ritmo que faz mal ao ser humano. Os motivos que não me levam a amar Sampa são os mesmos que não me levam a amar Nova York ou qualquer outra city-monster do mundo.

Não quero ver minha Porto Alegre transformada em São Paulo, pq o ritmo dela é perfeito, como falei no meu tópico, mesclando campo e metrópole, nunca nos deixando estressados demais nem sossegados demais.

Sofri preconceito em São Paulo como tu me falou que sofreu aqui.

Realmente sei que rola, não omito o fato de existir antipatia do meu povo para com paulistas e nordestinos. Não me orgulho disso, mesmo sabendo que isso não partiu de nós, e os motivos são historicos.

Generalização é um erro, tanto que tenho amigos paulistas maravilhosos, amo pessoas desse estado brasileiro...mas tbm sei a visão dos paulistas como um todo em relação ao RS.

Então só oq tenho a dizer é, temos maneiras diferentes de sermos felizes em lugares diferentes."

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